domingo, 5 de julho de 2009

Todas as Intrigas de Estado


O filme, que é baseado no seriado já exibido pela BBC, ganha as ruas de Washignton para mergulhar nos bastidores da segurança nacional norte-americana.

Curiosidades: Brad Pitt deixou o elenco de 'State of Play', após várias reuniões com o diretor Kevin Macdonald e brigas para alterar o roteiro. O astro Russell Crowe substituiu-o. Edward Norton abandonou o elenco. Para seu lugar, foi escalado Ben Affleck.

Vamos ao filme então. Em Intrigas de Estado, Cal McAffrey (Russell Crowe) é um jornalista veterano que trabalha a 15 anos no notório Washington Globe e que tem uma amizade com o congressita americano Stephen Collins (Ben Affleck). Quando a assistente de Collins morre tragicamente, a história começa.

Call McAffrey, que pode ser visto e comparado por muitos como um detetive antes de jornalista, o que não interfere, pois Jornalista é também um Detetive, se lança na investigação da morte da assistente do congressista Stephen Collins e se depara com coisas que vão além de um simples assassinato. Nessa investigação, ele tem a ajuda de uma novata, Della Frye, (Rachel McAdams) e juntos tentam desvendar o assassinato e ir em busca do que está além dos fatos. Eles descobrem que existe algo que ameaça abalar com o poder da nação, mas se auto-impedem de publicar na 1ª página do jornal por falta de provas.

Continuando a busca por provas que possam levar o fato as ruas através do jornal, McAffrey e Della Frye se veem ameaçados por um perseguidor, um ex-combatente militar, que está ligado as mortes. No decorrer do filme ainda há muitas reviravoltas, que levam o espectador a não desgrudar os olhos de cada cena. Seja pelas críticas indiretas à indústria da fofoca, como também à corrida da mídia on-line e à suposta falta de comprometimento e responsabilidade de alguns blogs.

A ironia com o título da "crítica" se dá pois o clima do filme nos lembra muito o clássico Todos os homens do presidente (1976), longa sobre o Watergate, escândalo político que culminou na renúncia do então presidente americano Richard Nixon. Aliás, ainda tenho que assistir ao filme que está empoeirando na minha gaveta.

Fui ao cinema esperando ver um filme chato e demorado, mas valeu a pena. E para quem gosta de filmes inteligentes, não que isso seja sinônimo de filme confuso ou que necessite de muito conhecimento, mas de calma e bom acompanhamento e raciocínio, eu recomendo.

Só fiquei com a pergunta na cabeça, Intrigas de Estado é um filme que desmancha com o Jornal ou mostra o valor de um?


sexta-feira, 3 de julho de 2009

Transformers 2: A Vingança dos Derrotados


Essa 'crítica' vai com título original do filme mesmo.

Divertido, lindo, engraçado, maravilhoso. Resume-se asim esse grande filme do diretor Michael Bay.

Antes de mais nada, se alguém está lendo isso aqui, por favor, abra o google e digite ‘critica transformers 2’ para ver como o filme é esculachado pelos críticos detalhistas e idiotas que existem nesse mundo. Sim, é isso mesmo, os críticos de hoje em dia não aceitam nada, eles querem uma obra de arte, parecem um bando de velhos murrinhas que acham que filme deve ser perfeito e como eles querem. Pois virem diretores ou roteiristas meus caros velhos fajutos críticos de mil palavras e nenhuma realmente decente.

Para todos que gostam de diversão, bons efeitos, roteiro não muito sério nem muito infantil, Transformers 2 é o filme do ano, do século, do milênio. É o meu filme. Claro que não saí chorando nem todo bobo pelo filme ser algo esplêndido, mas é algo de se dar valor, aos olhos de quem vê as coisas no ponto certo, o que é raro.


A história do filme se dá depois de dois anos da história do primeiro, onde o jovem Sam Witwicky salvou o universo de uma batalha decisiva entre duas raças de alienígenas robóticos em guerra. Antes de Sam ir á faculdade, um incidente ocorre em sua casa, onde uma pedaço de fragmento do Cubo cai de sua jaqueta (sabe-se lá como). Desde então, Sam começa a ter visões de códigos antigos. Ele parte, deixando sua namorada ‘para trás’, asism como seu amigo e cão de guarda Bumblebee. Eis então que Optimus Prime o avisa que “The Fallen”, um Decepticon, está atrás... Bom, resumindo sem contar detalhes da história: os fodões robóticos escuros vêm a terra e os Autobots precisam detê-los, pois o destino do universo está em jogo.

As cenas com os robôs é algo magnífico, de tamanha grandeza, que deixa qualquer um de boca aberta. É realístico ao máximo. Michael Bay está de parabéns, assim como toda equipe que trabalhou nesse grande filme.

Mas venho também por aqui deixar minha indignação com a ignorância e chatice de alguns ‘grandes’ críticos. Nunca lí em sites tamanha arrogância destes ao negar o filme, dizer baboseiras, como se o filme fosse algo que devese seguir uma linha de realidade, sendo que o filme de real não tem nada. Será que eles são uns velhacos e chatos o bastante pra criticar um filme que diverte tanto? Devem ser...

Vai lá, pro cinema ou pra locadora, eu recomendo.


domingo, 7 de junho de 2009

Um Exterminador sem Futuro e sem Salvação



Com roteiro um tanto atrapalhado, Exterminador do Futuro: A Salvação, parece, quando se vê o trailer na internet e seu pôster na entrada do cinema, a primeira vista, um mega lançamento. Mas somente parece, pois está longe de ser algo digno de ser visto duas vezes. A única coisa que se salva e que pode ser vista por uma segunda vez no filme, é os efeitos muito bem produzidos de algumas cenas de ação com os robôs futurísticos da Skynet. Fora isso, o filme é reduzido a um caótico silencio de reprises de filmes de guerra já visto antes. Ou eu estou ficando velho e murrinha ou toda a expectativa em cima do filme foi por ladeira abaixo após os 25 minutos de olhos vidrados na tela do cinema.

Acho que ninguém (nem mesmo os fãs da ‘série’) pretendem ver uma futura continuação para o trágico filme. Procure sua salvação McG (diretor), pois tu foste exterminado, salvo algumas partes. Somadas as partes que não assumem o comando da produção toda, pois as fracas estavam mais em alta, fazendo que com isso ganhaste um zero em direção. Esse Exterminador do Futuro com um diretor mais fodástico e um roteirista menos chuleado, poderia ser sim uma obra prima, mas infelizmente decepcionou.

O filme ficou devendo, mas por mim que não pague a dívida, que morra por aqui os filmes do “Hasta lá vista baby”.


domingo, 24 de maio de 2009

X-Men Origens: Hugh Jackman




Gavin Hood, um diretor africano de 46 anos que já dirigiu “O Suspeito” e “ Infância Roubada”, ótimos filmes que eu nunca assisti nem ouvi falar, mas pretendo alugar. O filme tem roteiro de David Benioff, roteirista conhecido por “Tróia” e “A Passagem”.


Então vamos a “Wolverine, a Origem”, ou Hugh Jackman: o Filme. Tenho que admitir que nunca fui fã de X-Men (o filme), achei-os muito fracos, os três. Mas agora vem este X-Men Origens: Wolverine, que dias antes pensava ser mais um lixo sem nexo lançado para vender.

Bom, realmente foi isso mesmo, pois vai vender bastante. Tive que tolerar uma parte que outra para não rir, como quando Logan, o Wolverine, volta para salvar sua amada que está nos braços de seu irmão Victor Creed, o Dentes de Sabre, pois é cômico seu grito e sua aparição, quase que infantil. Tirando isso, e também a corridinha totalmente abaitolada de Gambit no final do filme, os efeitos especiais que estavam muito na cara que eram computadorizados e algumas brigas de gato entre os irmãos Logan e Creed, o filme merece sim ser visto.


Divertido e bonito, o filme tem minha nota: 8



segunda-feira, 18 de maio de 2009

Um Anjo sem Demônios?



Dirigido por Ron Howard e roteirizado por David Koepp e Akiva Goldsman, Anjos & Demônios parece ficar na beira do lago, querendo ir mais além para afogar-se.


Akiva Goldsman é um grande roteirista, fato comprovado com filmes como “Uma mente brilhante”, “Eu, Robô”, “Eu sou a lenda” e também “O Código da Vinci”, sendo que esse último não foi lá grande coisa. O problema é que com esse Anjos & Demônios, Akiva tropeçou, se sozinho ou com a ajuda de David Koepp já não sei. Não, não é por o filme não ser tão fiel ao livro, mas o que ele passa é pouco, é não tragável; insólito. A atuação da atriz de Dra. Vetra é fraquíssima, quase não notável no filme todo. Hanks como Langdon fica na mesmice, querendo ser um herói, mas recusado por ele próprio. São duas horas sentado, esperando que algo realmente extraordinário aconteça. Fica-se esperando muito mais, fica-se até o final para ver o filme começar de verdade, mas quando começa, termina. O filme não causa impacto algum, e o pior é que chegará as locadoras impercebível.


Anjos & Demônios é bom e nos diverte, mas é um filme que você entra esperando algo, e sai sem aquele algo.



sexta-feira, 17 de abril de 2009

Clint Eastwood e seu grande Gran Torino


Este americano nascido em 1930, começou sua carreira nos anos 50 como ator, e despontou como diretor nos anos 70. Grandes filmes como Os Imperdoáveis (1992), Sobre Meninos e Lobos (2003), Menina de Ouro (2004), A Conquista da Honra (2006) e Cartas de Iwo Jima (2006), quatro deles vencedores de Oscar, coroaram sua carreira. Clint havia confessado que depois de A Menina de Ouro, de 2004, vencedor de 4 Oscar, incluindo-o como melhor diretor, não voltaria a atuar. No entanto, volta atuando em seu novo filme, Gran Torino, onde assina produção e trilha.

Em Gran Torino, Clint não atua, resmunga. Não que isso seja sinônimo de má atuação, muito pelo contrário, Clint se saiu muito bem resmungando o filme inteiro. No filme, o diretor quer mostrar como os Estados Unidos mudaram desde os anos 70 e, principalmente, como para alguns americanos essas transformações são sinônimo de decadência.
Clint é “Walt Kowalski”, um ex-combatente da Guerra da Coréia e montador de carros aposentado que passa seus dias na porta de casa vendo o movimento da rua, tomando cerveja e xingando seus vizinhos “china”. Quando Thao, um jovem Hmong (grupo étnico da região do sudeste Asiático), tenta roubar seu tão querido e amado carro, um Gran Torino, de 1972, Kowalski fica furioso, chegando a apontar um enorme rifle para o garoto e por pouco não o mata. Em seguida, a família Hmong faz questão que o jovem trabalhe para Walt como forma de punição. O bairro em que vivem Walt e os Hmong vive sob a constante ameaça de gângsteres, que não só querem atrair Thao para seu grupo como também foram responsáveis por induzi-lo a roubar o Gran Torino. Gran Torino segue nesse meio: ao mesmo tempo que mostra um velhaco sem medo, também é um retrato do racismo, já que em nenhum momento ele esconde seu desprezo pelos vizinhos.

O filme não concorreu ao Oscar, mesmo Clint o lançando na época de premiações. Queria Clint Eastwood encerrar sua carreira como melhor diretor e ator? Infelizmente não foi desta vez. Seria pelo fato de Clint fazer o papel de um chato e mal humorado que quer mostrar que homem só é homem se falar palavrões, dirigir um carro, sair com muitas mulheres e ter armas em casa? Bom, o final do filme mostra que ele não era nenhum idiota; ou era? O filme tem um ótimo desempenho e merece ser assistido na primeira poltrona do cinema. Eu recomendo.


sábado, 21 de março de 2009

Operação Valquíria - um estudo sobre a história e uma pequena crítica


Afinal, o que vem a ser Valquíria? O título do filme merece um estudo, assim como uma leitura em cima do livro Operação Valquíria: O Complô Contra Hitler do alemão Philipp Freiherr von Boeselager para melhor entendimento do fato ocorrido no final da II Guerra Mundial. Voltemos a pergunta inicial: O que vem a ser Valquíria?

Na mitologia nórdica, as valquírias eram deidades menores, servas de Odin. O termo deriva do nórdico antigo valkyrja (algo como "as que selecionam os mortos em batalha"). As valquírias eram belas jovens mulheres louras de olhos azuis, que montadas em cavalos alados e armadas com elmos e lanças, sobrevoavam os campos de batalha escolhendo quais guerreiros, os mais bravos, recém-abatidos entrariam no Valhala. Elas o faziam por ordem e benefício de Odin, que precisava de muitos guerreiros corajosos para a batalha vindoura do Ragnarok (uma batalha travada entre Deuses que levaria o fim do mundo). Odin também era o Deus da sabedoria na mitologia nórdica. Ele atirou um de seus olhos no poço de Mimir em troca de um gole de sabedoria. Com isso, vale lembrar que Stauffenberg foi ferido na campanha do norte da África quando servia no Afrika Korps, perdendo dois dedos da mão esquerda, a mão direita e o olho esquerdo.

Agora que as Valquírias não são mais nenhum mistério, vamos dar um passo adiante. Seguimos com Die Walküre, ópera do compositor alemão Richard Wagner. Sua estréia ocorreu no Teatro Nacional em Munique em 26 de junho de 1870, antes mesmo do término da ciclo do Anel. Para esta obra, Wagner inspirou-se na lenda nórdica da Saga de Volsunga. A parte mais popularizada é a passagem musical da Cavalgada das Valquírias, que abre a primeira cena do terceiro ato.
Richard Wagner foi um amigo de Friedrich Nietzsche (grande filósofo alemão). Nietzsche passou a visitar Wagner em Tribschen, que não ficava longe da Basiléia. Caracterizou o lugar como seu lar e seu refúgio. Wagner era profundo conhecedor da filosofia de Schopenhauer. Em 1872 é Nietzsche publicao livro "O Nascimento da Tragédia", que começa falando do drama musical grego, onde o dionisíaco se opõe ao apolíneo. O Deus Dionisio (existe também a grafia Dioniso), do vinho e da festa, levava, em seus cultos, à experimentação dramática da existência. Os homens experimentavam a exacerbação dos sentidos, a vertigem e o excesso nos cultos ao Dionisio, o Baco dos romanos. O dionisíaco, é como um apolíneo uma pulsão cósmica, só que de outro tipo. Nela, se aniquila as fronteiras e limites habituais da existência cotidiana. É o prazer da ação, a inspiração, o instinto. A existência cotidiana e dionisíaca são separados um do outro. Mas ao passar a o turbilhão perceptivo do culto a esse Deus, volta-se ao estado normal, deseja-se a vida ascética. Os Deuses gregos eram necessários para esse povo, diz Nietzsche, porque legitimavam a existência humana. Os homens viviam seus deuses, que mostravam a vida sob um olhar glorioso.

Falemos sim de Wagner e pulamos para Nietzsche. Entendamos: Hitler presenteou Mussolini com as obras completas de Nietzsche. O Fuher mandava distribuir Assim Falava Zaratustra aos soldados nas frentes de batalha para fortalecer-lhes o ânimo. Tiravam da mochila e liam tudo aquilo que personificava seu chefe - Hitler - ele que em seu próprio livro dizia-se ser o próprio super-homem do livro do filósofo. O desprezo aos mais fracos, a teoria do poder, o culto à nobreza, são caracterítisca deste super-homem, mas a completa arrogância. Um super-homem de concepção evolucionista, onde o símio evoluindo chega ao super-homem, a influência evolucionista presente na dispensa dos conceitos de bem e do mal, que não existiriam na natureza, prevalecendo o mais forte e o mais apto em detrimento dos mais fracos e desprotegidos. Nos documentos sobre o holocausto consta ampla documentação dos cientistas evolucionistas que trabalharam pelo terceiro Reich, Nietzsche deu o arcabouço metafísico para um darwinismo nacional socialista. Diz-se que a irmã de Nietzsche, que o acompanhou nos seus últimos tempos de vida, ofereceu a bengala de Nietzsche a Hitler. Fato que acompanhado com o desenvolvimento e propaganda da ideia de raça ariana por Hitler gerou um mal-entendido acerca da pretensa associação de Nietzsche à causa nazista.

Filmes com conteúdo parecem ser os menos vistos nas salas de cinema, o que venho a lamentar a cada dia que passa. Pude notar, logo que entrei na sala de cinema, onde apenas três senhores de idade, superior a 30 de meus 22 anos estavam sentados. Sentei-me, e pude ver mais pessoas de idade chegando antes de o trailer do filme “Anjos & Demônios”, baseado na obra de Dan Brown e dirigido por Ron Howard dar inicio, partindo assim para o filme da sessão. Emfim, o filme se deu início, e os únicos jovens da sala eram eu e uma amiga que me acompanhou. Fica a pergunta: jovens se interessam por filmes com conteúdo?

O diretor Bryan Singer fez o filme como uma grande ópera, com seus atos postos no lugar, e sem muito apelar, o filme se mostrou fiel a história e com atuações excelentes. Ao final do filme, Tom Cruise interpretando Claus Stauffenberg: - "Vida Longa para a sagrada Alemanha!" nos dá o impacto merecido. Um filme que nos faz pensar, e não apenas apreciar.